História

Inicialmente habitada pelos índios Tamoios que já a chamavam de Ipaun Guaçu (Ilha Grande), foi avistada pelo navegador português Gonçalo Coelho, em 1502. Ao longo do século XVI, houve diversos combates na região. Nesses combates, os portugueses, aliados aos tupiniquins, enfrentaram os franceses, aliados dos tamoios. Em 1559, a coroa portuguesa resolveu nomear Dom Vicente da Fonseca, para administrá-la, o que só ocorreu, de fato, com o fim da guerra com os tamoios, em 1567.

No ano de 1803, a  ilha passou a condição de Freguesia, com o nome de Santana da Ilha Grande de Fora, ganhando autonomia jurídica em relação a Angra dos Reis.  Em 1863, o Imperador D. Pedro II fez sua primeira visita a Ilha Grande, onde comprou a Fazenda do Holandês, local onde seria instalado o Lazareto, instituição que servia de centro de triagem e de quarentena para os passageiros enfermos que chegavam ao Brasil e, posteriormente, um sanatório para doentes de hanseníase. De 1886 a 1903, atendeu a mais de  4.000 embarcações. Serviu de presídio político durante os primeiros anos da república, quando foi criada a colônia correcional de Dois Rios.

Nos anos de 1930, logo após o governo de Getúlio Vargas, deu-se a revolução constitucionalista de 1932, quando, então, todos os confinados do lazareto foram transferidos para a Colônia de Dois Rios, que passou a ser, em 1940, um presídio com capacidade para mais de mil detentos, sendo, posteriormente,  denominado Instituto Penal Cândido Mendes. Esse presídio se tornaria célebre  quando da publicação de Memórias do Cárcere, de Graciliano Ramos, que para lá foi encaminhado, como  preso, durante a ditadura do Estado Novo (1937-1945). Durante o regime militar de 1964, também foram transferidos presos políticos para o instituto, até o final da de década de 1970, quando estes foram libertados e o presídio voltou a ter apenas presos comuns.

Em 1994, o presídio, que era fonte de insegurança para a população foi  demolido pelo governo fluminense. Após sua implosão, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro obteve o direito de cessão da área e das benfeitorias que pertenciam ao presídio, inaugurando, no ano de 1998, o Centro de Estudos Ambientais e Desenvolvimento Sustentável.








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